Fonte: Assessoria da Marcha em Alagoas.
terça-feira, 2 de março de 2010
Reunião da Marcha Mundial em Alagoas
Mulheres da Marcha Mundial em Alagoas se reunem para eleger delegação feminina do estado, que vai participar da Ação Internacional.
Fonte: Assessoria da Marcha em Alagoas.
Fonte: Assessoria da Marcha em Alagoas.
Programação da Ação
08/03 (Segunda – Feira) - Campinas: Lançamento da 3ª Ação Internacional da MMM, marcando os 100 anos do Dia Internacional de Luta das Mulheres.
09/03 (Terça – Feira) - Valinhos:
Trabalho doméstico e de cuidados: um debate sobre a sustentabilidade da vida humana, seguida de debate sobre a história da Marcha Mundial das Mulheres e suas lutas.
10/03 (Quarta – Feira) – Vinhedo: Painéis temáticos sobre
Economia Solidária e Feminista;
Saúde da mulher e práticas populares de cuidado;
Sexualidade, autonomia e liberdade;
Educação não sexista e não racista;
Mulheres negras e a luta anti-racista;
Mulheres indígenas;
A mídia contra-hegemônica e a luta feminista;
A mercantilização do corpo e da vida das mulheres;
Prostituição;
Mulheres, arte e cultura.
11/03 (Quinta – Feira) – Louveira: Trabalho das mulheres e autonomia econômica, com a presença de Helena Hirata.
12/03 (Sexta – Feira) – Jundiaí: Soberania Alimentar, justiça ambiental e luta por território.
13/03 (Sábado) – Várzea Paulista: Ato público com lançamento de livro sobre o histórico do 8 de março, debate sobre o histórico do movimento feminista e show cultural.
14/03 (Domingo) - Cajamar:
A luta contra a violência sexista
15/03 (Segunda – Feira) – Jordanésia: Maternidade como decisão e não como destino: debate sobre nossas experiências.
16/03 (Terça – Feira) - Perus: Paz e desmilitarização; debate sobre a luta pela transformação da sociedade com Aleida Guevara, lutadora cubana, filha de Che Guevara.
17/03 (Quarta – Feira) - Osasco: Integração dos povos como alternativa e o papel do Estado.
18/03 (Quinta – Feira) - São Paulo: Encerramento com ato público.
Programação cultural: ao longo dos dias, articuladas às atividades de formação, haverá exibição de filmes, música, poesia, teatro e apresentações culturais dos estados.
09/03 (Terça – Feira) - Valinhos:
Trabalho doméstico e de cuidados: um debate sobre a sustentabilidade da vida humana, seguida de debate sobre a história da Marcha Mundial das Mulheres e suas lutas.
10/03 (Quarta – Feira) – Vinhedo: Painéis temáticos sobre
Economia Solidária e Feminista;
Saúde da mulher e práticas populares de cuidado;
Sexualidade, autonomia e liberdade;
Educação não sexista e não racista;
Mulheres negras e a luta anti-racista;
Mulheres indígenas;
A mídia contra-hegemônica e a luta feminista;
A mercantilização do corpo e da vida das mulheres;
Prostituição;
Mulheres, arte e cultura.
11/03 (Quinta – Feira) – Louveira: Trabalho das mulheres e autonomia econômica, com a presença de Helena Hirata.
12/03 (Sexta – Feira) – Jundiaí: Soberania Alimentar, justiça ambiental e luta por território.
13/03 (Sábado) – Várzea Paulista: Ato público com lançamento de livro sobre o histórico do 8 de março, debate sobre o histórico do movimento feminista e show cultural.
14/03 (Domingo) - Cajamar:
A luta contra a violência sexista
15/03 (Segunda – Feira) – Jordanésia: Maternidade como decisão e não como destino: debate sobre nossas experiências.
16/03 (Terça – Feira) - Perus: Paz e desmilitarização; debate sobre a luta pela transformação da sociedade com Aleida Guevara, lutadora cubana, filha de Che Guevara.
17/03 (Quarta – Feira) - Osasco: Integração dos povos como alternativa e o papel do Estado.
18/03 (Quinta – Feira) - São Paulo: Encerramento com ato público.
Programação cultural: ao longo dos dias, articuladas às atividades de formação, haverá exibição de filmes, música, poesia, teatro e apresentações culturais dos estados.
Plataforma da Ação 2010
Pela autonomia econômica das mulheres
O reconhecimento do trabalho das mulheres e o questionamento da divisão sexual do trabalho estão no centro do debate sobre autonomia econômica feminina. Para isso, é necessário construir novas relações sociais e um novo modelo econômico. O modelo dominante só considera como econômicas as atividades realizadas na esfera mercantil, desconhecendo uma imensa quantidade de trabalho doméstico, de cuidados, e para o auto-consumo, na maioria realizados por mulheres. Além disso, desvaloriza o trabalho assalariado realizado pelas mulheres.
Marchamos por um salário mínimo digno. Denunciamos as diversas formas de exploração da força de trabalho das mulheres, que são submetidas à situações degradantes e à várias formas de assédio. Defendemos a igualdade no acesso ao trabalho e seguridade social universal para homens e mulheres. Lutamos pela reorganização do trabalho doméstico, que deve ser responsabilidade compartilhada com os homens e o Estado, a partir de políticas que implantem serviços públicos como creches, lavanderias e restaurantes coletivos e cuidados para idosos e doentes. A partir da discussão sobre autonomia econômica, seguiremos com nossa crítica à sociedade de mercado, às transnacionais, às privatizações de serviços públicos, à pobreza, em particular das mulheres negras e rurais.
Por um mundo sem violência contra as mulheres
A violência contra as mulheres, realidade presente em todos os países, precisa acabar. Queremos explicitar como e porque ocorre essa violência, cuja raiz está no machismo, transversal à sociedade capitalista, que nos coloca como mercadorias e objetos, seja na indústria da prostituição e pornografia, ou na forma como somos representadas pela publicidade. É preciso dar visibilidade às lutas das mulheres contra a violência sexista, a partir da sensibilização da sociedade e da elaboração de demandas aos Estados, além da realização de campanhas de educação popular que apontem para a conscientização feminista.
Marcharemos pelo fim de toda forma de violência contra as mulheres. Denunciaremos a violência sexista, a prostituição e outras formas de mercantilização do corpo das mulheres, além da exploração que a mídia comercial faz de nossa imagem. Marcharemos pela descriminalização e legalização do aborto, pelo direito da mulher em decidir sobre os rumos de sua vida e sua sexualidade, e pelo fim da violência urbana, que tem no corpo das mulheres uma de suas expressões.
Contra a privatização da natureza e dos serviços públicos
Lutar por Bens comuns e serviços públicos significa afirmar os princípios de soberania alimentar e se posicionar contra as privatizações de serviços públicos e da natureza, além de afirmar a responsabilidade do Estado na garantia de direitos como saúde, educação, acesso à água e saneamento.
É necessário priorizar a agricultura camponesa e familiar, mudar o modelo energético para que outro que garanta a sustentabilidade ecológica, o que só será possível com o fim do financiamento ao agronegócio. A produção industrial e a agrícola devem estar voltadas para o mercado interno e para um modelo sustentável, que diga não às patentes, à privatização da biodiversidade, da água e das sementes, recuperando a função social do uso da terra. A água é um bem público que deve ser utilizado de forma democrática e responsável, por isso somos contrárias à transposição do rio São Francisco. É urgente o fim da exploração depredatória dos recursos naturais, que tem comprometido a sobrevivência das populações e das gerações futuras
Marcharemos pela realização da Reforma Agrária e pela adoção de políticas de soberania alimentar e energética. Exigiremos o fim do desmatamento desenfreado e da poluição, do uso indiscriminado de agrotóxicos, além da moratória do cultivo e comercialização de transgênicos por tempo indeterminado. As mulheres têm papel fundamental no questionamento ao modelo que impõe as prioridades das grandes transnacionais, que ocupam territórios para a expansão do agronegócio, e na proposição e desenvolvimento de alternativas que apontem para a efetivação da soberania alimentar e energética.
Paz e desmilitarização
Queremos evidenciar as conseqüências diretas das guerras e conflitos nas vidas das mulheres, que vão além das enfrentadas pela população masculina dos países que vivem essa realidade. Em contextos de guerra, a apropriação do corpo das mulheres é vista como recurso, forma de controle, intimidação ou troféu. Casos de violência sexista são comuns, praticados tanto pelo exército e por grupos paramilitares, como pela comunidade local, cujos homens passam a rechaçar e culpar mulheres vítimas das agressões. A manipulação ideológica, que está por trás dos conflitos quando propaga, por exemplo, a guerra ao terrorismo, também tem impacto na vida das mulheres, criminalizando as integrantes de movimentos sociais e restringindo seu direito de ir e vir. Além da denúncia do papel dos fabricantes de armas, que tanto lucram com os conflitos e interferem politicamente em seus rumos, este eixo procura demonstrar a responsabilidade dos Estados e da ONU, cujas tropas trazem mais violência às mulheres.
No Brasil, lutamos contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais e contra o processo crescente de militarização da sociedade, que se manifesta por meio de atitudes repressivas e violentas do Estado, como os inúmeros assassinatos cometidos pelas polícias, ou na crença de que as armas são capazes de resolver a questão da segurança pública. Deunciamos como essas ações atingem, sobretudo os negros e negras.
Reivindicamos a retiradas das tropas brasileiras do Haiti e somos contra o financiamento público às grandes empresas brasileiras que atuam nos países latino americanos com base em um modelo de desenvolvimento insustentável, que aprofunda desigualdades. Reafirmaremos nossa convicção em um projeto de integração soberana, solidária e com igualdade para os povos da América Latina e Caribe.
O reconhecimento do trabalho das mulheres e o questionamento da divisão sexual do trabalho estão no centro do debate sobre autonomia econômica feminina. Para isso, é necessário construir novas relações sociais e um novo modelo econômico. O modelo dominante só considera como econômicas as atividades realizadas na esfera mercantil, desconhecendo uma imensa quantidade de trabalho doméstico, de cuidados, e para o auto-consumo, na maioria realizados por mulheres. Além disso, desvaloriza o trabalho assalariado realizado pelas mulheres.
Marchamos por um salário mínimo digno. Denunciamos as diversas formas de exploração da força de trabalho das mulheres, que são submetidas à situações degradantes e à várias formas de assédio. Defendemos a igualdade no acesso ao trabalho e seguridade social universal para homens e mulheres. Lutamos pela reorganização do trabalho doméstico, que deve ser responsabilidade compartilhada com os homens e o Estado, a partir de políticas que implantem serviços públicos como creches, lavanderias e restaurantes coletivos e cuidados para idosos e doentes. A partir da discussão sobre autonomia econômica, seguiremos com nossa crítica à sociedade de mercado, às transnacionais, às privatizações de serviços públicos, à pobreza, em particular das mulheres negras e rurais.
Por um mundo sem violência contra as mulheres
A violência contra as mulheres, realidade presente em todos os países, precisa acabar. Queremos explicitar como e porque ocorre essa violência, cuja raiz está no machismo, transversal à sociedade capitalista, que nos coloca como mercadorias e objetos, seja na indústria da prostituição e pornografia, ou na forma como somos representadas pela publicidade. É preciso dar visibilidade às lutas das mulheres contra a violência sexista, a partir da sensibilização da sociedade e da elaboração de demandas aos Estados, além da realização de campanhas de educação popular que apontem para a conscientização feminista.
Marcharemos pelo fim de toda forma de violência contra as mulheres. Denunciaremos a violência sexista, a prostituição e outras formas de mercantilização do corpo das mulheres, além da exploração que a mídia comercial faz de nossa imagem. Marcharemos pela descriminalização e legalização do aborto, pelo direito da mulher em decidir sobre os rumos de sua vida e sua sexualidade, e pelo fim da violência urbana, que tem no corpo das mulheres uma de suas expressões.
Contra a privatização da natureza e dos serviços públicos
Lutar por Bens comuns e serviços públicos significa afirmar os princípios de soberania alimentar e se posicionar contra as privatizações de serviços públicos e da natureza, além de afirmar a responsabilidade do Estado na garantia de direitos como saúde, educação, acesso à água e saneamento.
É necessário priorizar a agricultura camponesa e familiar, mudar o modelo energético para que outro que garanta a sustentabilidade ecológica, o que só será possível com o fim do financiamento ao agronegócio. A produção industrial e a agrícola devem estar voltadas para o mercado interno e para um modelo sustentável, que diga não às patentes, à privatização da biodiversidade, da água e das sementes, recuperando a função social do uso da terra. A água é um bem público que deve ser utilizado de forma democrática e responsável, por isso somos contrárias à transposição do rio São Francisco. É urgente o fim da exploração depredatória dos recursos naturais, que tem comprometido a sobrevivência das populações e das gerações futuras
Marcharemos pela realização da Reforma Agrária e pela adoção de políticas de soberania alimentar e energética. Exigiremos o fim do desmatamento desenfreado e da poluição, do uso indiscriminado de agrotóxicos, além da moratória do cultivo e comercialização de transgênicos por tempo indeterminado. As mulheres têm papel fundamental no questionamento ao modelo que impõe as prioridades das grandes transnacionais, que ocupam territórios para a expansão do agronegócio, e na proposição e desenvolvimento de alternativas que apontem para a efetivação da soberania alimentar e energética.
Paz e desmilitarização
Queremos evidenciar as conseqüências diretas das guerras e conflitos nas vidas das mulheres, que vão além das enfrentadas pela população masculina dos países que vivem essa realidade. Em contextos de guerra, a apropriação do corpo das mulheres é vista como recurso, forma de controle, intimidação ou troféu. Casos de violência sexista são comuns, praticados tanto pelo exército e por grupos paramilitares, como pela comunidade local, cujos homens passam a rechaçar e culpar mulheres vítimas das agressões. A manipulação ideológica, que está por trás dos conflitos quando propaga, por exemplo, a guerra ao terrorismo, também tem impacto na vida das mulheres, criminalizando as integrantes de movimentos sociais e restringindo seu direito de ir e vir. Além da denúncia do papel dos fabricantes de armas, que tanto lucram com os conflitos e interferem politicamente em seus rumos, este eixo procura demonstrar a responsabilidade dos Estados e da ONU, cujas tropas trazem mais violência às mulheres.
No Brasil, lutamos contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais e contra o processo crescente de militarização da sociedade, que se manifesta por meio de atitudes repressivas e violentas do Estado, como os inúmeros assassinatos cometidos pelas polícias, ou na crença de que as armas são capazes de resolver a questão da segurança pública. Deunciamos como essas ações atingem, sobretudo os negros e negras.
Reivindicamos a retiradas das tropas brasileiras do Haiti e somos contra o financiamento público às grandes empresas brasileiras que atuam nos países latino americanos com base em um modelo de desenvolvimento insustentável, que aprofunda desigualdades. Reafirmaremos nossa convicção em um projeto de integração soberana, solidária e com igualdade para os povos da América Latina e Caribe.
Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres
Em 2010, a Marcha Mundial das Mulheres vai organizar sua terceira ação internacional. Ela será concentrada em dois períodos, de 8 a 18 de março e de 7 a 17 de outubro, e contará com mobilizações de diferentes formatos em vários países do mundo. O primeiro período, que marcará o centenário do Dia Internacional das Mulheres, será de marchas. O segundo, de ações simultâneas, com um ponto de encontro em Sud Kivu, na República Democrática do Congo, expressará a solidariedade internacional entre as mulheres, enfatizando seu papel protagonista na solução de conflitos armados e na reconstrução das relações sociais em suas comunidades, em busca da paz.
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Os comitês estaduais da MMM estão organizando seminários de formação, mobilização e atividades de arrecadação de recursos com a perspectiva de fortalecer os próprios comitês e as alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais.
Para participar da Ação Internacional de 2010, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7992488933728732374
O tema das mobilizações de 2010 é “Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres”, e sua plataforma se baseia em quatro campos de atuação sobre os quais a Marcha Mundial das Mulheres tem se debruçado. Os pontos são: Bem comum e Serviços Públicos, Paz e desmilitarização, Autonomia econômica e Violência contra as mulheres. Cada um desses eixos se desdobra em reivindicações que apontam para a construção de outra realidade para as mulheres em nível mundial.
Estão previstas também atividades artísticas e culturais, caravanas, ações em frente a empresas fabricantes de armamentos e edifícios da ONU, manifestações de apoio às ações da MMM em outros países e campanhas de boicote a produtos de transnacionais associadas à exploração das mulheres e à guerra.
No Brasil
A ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil acontecerá entre os dias 8 e 18 de março e será estruturada no formato de uma marcha, que vai percorrer o trajeto entre as cidades de Campinas e São Paulo. Serão 3 mil mulheres, organizadas em delegações de todos os estados em que a MMM está presente, numa grande atividade de denúncia, reivindicação e formação, que pretende dar visibilidade à luta feminista contra o capitalismo e a favor da solidariedade internacional, além de buscar transformações reais para a vida das mulheres brasileiras.
Serão dez dias de caminhada, em que marcharemos pela manhã e realizaremos atividades de formação durante à tarde. A marcha será o resultado de um grande processo de mobilização dos comitês estaduais da Marcha Mundial das Mulheres, que contribuirá para sua organização e fortalecimento. Pretendemos também estabelecer um processo de diálogo com as mulheres das cidades pelas quais passaremos, promovendo atividades de sensibilização relacionadas à realidade de cada local.
Para participar
A mobilização e organização para a ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres no Brasil já começou. Os comitês estaduais da MMM estão organizando seminários de formação, mobilização e atividades de arrecadação de recursos com a perspectiva de fortalecer os próprios comitês e as alianças entre a Marcha Mundial das Mulheres e outros movimentos sociais.
Para participar da Ação Internacional de 2010, entre em contato com a Marcha Mundial das Mulheres em seu estado (item contatos) ou procure a Secretaria Nacional, no correio eletrônico marchamulheres@sof.org.br ou telefone (11) 3819-3876.
Fonte: http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=7992488933728732374
Página brasileira da ação de 2010 da Marcha Mundial das Mulheres já está no ar
De 8 a 18 de março 3 mil mulheres marcharão de Campinas a São Paulo, como parte da 3ª ação internacional da Marcha Mundial das Mulheres. As informações sobre a preparação desta ação já estão na página eletrônica: www.sof.org.br/2010
Fonte: MMM
Fonte: MMM
Chamado à ação - mulheres em marcha até que todas sejamos livres!
Em 2010, mais uma vez, nós militantes da Marcha Mundial das Mulheres dos cinco continentes estaremos em marcha. Vamos marchar para demonstrar nossa perseverança e nossa força como mulheres organizadas, com distintas experiências, culturas políticas e origens étnicas. Temos uma identidade e objetivos comuns: o desejo de superar a injusta ordem atual que provoca violência e pobreza, e construir o mundo que queremos baseado na paz, justiça, igualdade, liberdade e solidariedade.
Vamos marchar em solidariedade com aquelas mulheres que não tem liberdade para fazê-lo devido às guerras e aos conflitos armados; devido à divisão sexual do trabalho que mantém as mulheres prisioneiras em suas próprias casas; devido ao sistema capitalista e patriarcal que determina que a esfera pública - ruas, lugares de trabalho, lugares de aprendizado e política, espaço para lazer - está reservada aos homens. E devido à falta de tempo das mulheres, por que temos que fazer malabarismos para dar conta das responsabilidades do cuidado com as pessoas ao nosso redor.
Vamos marchar para reivindicar nossos direitos. Vamos marchar para resistir àqueles que querem tirar os direitos que temos conquistado em nossa luta contra a ofensiva do fundamentalismo religioso e dos setores conservadores da sociedade e do Estado. Estaremos em marcha pelo mundo que queremos, no qual a autonomia, a autodeterminação e a solidariedade são pilares da organização da nossa sociedade.
Vamos marchar em luta contra a mercatilização das nossas vidas, sexualidade e corpos. Não somos objetos para vender ou comprar! Nos negamos a ser tratadas como pedaços de carne pelo tráfico de mulheres, pela indústria pornográfica e publicitária! Não vamos aceitar a violência em nossas casas e locais de trabalho! Estaremos em marcha até que todas as mulheres vivam suas vidas livres de violência e ameaça de violência.
Vamos marchar para denunciar o sistema capitalista sexista, racista e homofóbico que explora o trabalho reprodutivo e produtivo das mulheres e que concentra a riqueza na mão de poucos. Demandamos igualdade salarial entre homens e mulheres pra trabalhos iguais, um salário mínimo justo, a reorganização e distribuição do trabalho doméstico e de cuidados e seguridade social sem nenhum tipo de discriminação. Estaremos em marcha até que todas as mulheres tenham autonomia econômica.
Vamos marchar pelo fim imediato dos conflitos armados e do uso do corpo das mulheres como botim de guerra. Vamos marchar para denunciar os interesses econômicos que se escondem por trás dos conflitos, o controle dos recursos naturais, o controle dos povos e o lucro da indústria armamentista. Estaremos em marcha até que todas as mulheres sejam reconhecidas e valorizadas como protagonistas dos processos de paz, reconstrução e manutenção ativa da paz em seus próprios países.
Vamos marchar contra a privatização dos recursos naturais e dos serviços públicos. Vamos marchar pela soberania alimentar e energética, contra a destruição e controle dos nossos territórios e contra as falsas soluções frente a mudança climática. Estaremos em marcha até que nossos direitos a saúde, a educação, a água potável, ao saneamento, a terra, a moradia e soberania sobre nossas sementes tradicionais sejam garantidos.
Some-se a nossa ação!
Mulheres em movimento mudam o mundo!
A 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres será organizada em dois momentos principais:
- De 8 a 18 de março, com marchas e mobilizações nacionais simultâneas de diferentes tipos, formas, cores e ritmos que também marcarão o centenário da Declaração do Dia Internacional das Mulheres, proposto pelas delegadas à 2ª Conferencia Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague em 1910.
- Marchas e ações simultâneas entre 7 e 17 de outubro, com uma mobilização internacional em Kivu do Sul, na Republica Democrática do Congo, como uma forma de fortalecer o protagonismo das mulheres na resolução dos conflitos armados.
Serão realizadas mobilizações, ações e atividades entre estes dois períodos, em vários países e também em nível regional:
- Américas: 21 – 23 de agosto, na Colômbia
- Ásia e Oceania: 12 – 14 de maio, nas Filipinas
- Europa: 30 de junho, na Turquia
A ação internacional é aberta a todas as mulheres e grupos de mulheres que queiram se unir a nós na luta pela construção do mundo que queremos, baseado nas alternativas das mulheres. Venham marchar conosco!
No Brasil, vamos marchar de 8 a 18 de março, entre Campinas e São Paulo. As informações e contatos nos estados estão disponíveis em www.sof.org.br/acao2010, ou pelo telefone (11) 38193876.
A Marcha Internacional também tem um site, com textos, logos e outros materiais que podem ser usados para preparar a ação assim como notícias dos diversos países participantes: http://www.mmm2010.info/
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=397
Vamos marchar em solidariedade com aquelas mulheres que não tem liberdade para fazê-lo devido às guerras e aos conflitos armados; devido à divisão sexual do trabalho que mantém as mulheres prisioneiras em suas próprias casas; devido ao sistema capitalista e patriarcal que determina que a esfera pública - ruas, lugares de trabalho, lugares de aprendizado e política, espaço para lazer - está reservada aos homens. E devido à falta de tempo das mulheres, por que temos que fazer malabarismos para dar conta das responsabilidades do cuidado com as pessoas ao nosso redor.
Vamos marchar para reivindicar nossos direitos. Vamos marchar para resistir àqueles que querem tirar os direitos que temos conquistado em nossa luta contra a ofensiva do fundamentalismo religioso e dos setores conservadores da sociedade e do Estado. Estaremos em marcha pelo mundo que queremos, no qual a autonomia, a autodeterminação e a solidariedade são pilares da organização da nossa sociedade.
Vamos marchar em luta contra a mercatilização das nossas vidas, sexualidade e corpos. Não somos objetos para vender ou comprar! Nos negamos a ser tratadas como pedaços de carne pelo tráfico de mulheres, pela indústria pornográfica e publicitária! Não vamos aceitar a violência em nossas casas e locais de trabalho! Estaremos em marcha até que todas as mulheres vivam suas vidas livres de violência e ameaça de violência.
Vamos marchar para denunciar o sistema capitalista sexista, racista e homofóbico que explora o trabalho reprodutivo e produtivo das mulheres e que concentra a riqueza na mão de poucos. Demandamos igualdade salarial entre homens e mulheres pra trabalhos iguais, um salário mínimo justo, a reorganização e distribuição do trabalho doméstico e de cuidados e seguridade social sem nenhum tipo de discriminação. Estaremos em marcha até que todas as mulheres tenham autonomia econômica.
Vamos marchar pelo fim imediato dos conflitos armados e do uso do corpo das mulheres como botim de guerra. Vamos marchar para denunciar os interesses econômicos que se escondem por trás dos conflitos, o controle dos recursos naturais, o controle dos povos e o lucro da indústria armamentista. Estaremos em marcha até que todas as mulheres sejam reconhecidas e valorizadas como protagonistas dos processos de paz, reconstrução e manutenção ativa da paz em seus próprios países.
Vamos marchar contra a privatização dos recursos naturais e dos serviços públicos. Vamos marchar pela soberania alimentar e energética, contra a destruição e controle dos nossos territórios e contra as falsas soluções frente a mudança climática. Estaremos em marcha até que nossos direitos a saúde, a educação, a água potável, ao saneamento, a terra, a moradia e soberania sobre nossas sementes tradicionais sejam garantidos.
Some-se a nossa ação!
Mulheres em movimento mudam o mundo!
A 3ª Ação Internacional da Marcha Mundial das Mulheres será organizada em dois momentos principais:
- De 8 a 18 de março, com marchas e mobilizações nacionais simultâneas de diferentes tipos, formas, cores e ritmos que também marcarão o centenário da Declaração do Dia Internacional das Mulheres, proposto pelas delegadas à 2ª Conferencia Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague em 1910.
- Marchas e ações simultâneas entre 7 e 17 de outubro, com uma mobilização internacional em Kivu do Sul, na Republica Democrática do Congo, como uma forma de fortalecer o protagonismo das mulheres na resolução dos conflitos armados.
Serão realizadas mobilizações, ações e atividades entre estes dois períodos, em vários países e também em nível regional:
- Américas: 21 – 23 de agosto, na Colômbia
- Ásia e Oceania: 12 – 14 de maio, nas Filipinas
- Europa: 30 de junho, na Turquia
A ação internacional é aberta a todas as mulheres e grupos de mulheres que queiram se unir a nós na luta pela construção do mundo que queremos, baseado nas alternativas das mulheres. Venham marchar conosco!
No Brasil, vamos marchar de 8 a 18 de março, entre Campinas e São Paulo. As informações e contatos nos estados estão disponíveis em www.sof.org.br/acao2010, ou pelo telefone (11) 38193876.
A Marcha Internacional também tem um site, com textos, logos e outros materiais que podem ser usados para preparar a ação assim como notícias dos diversos países participantes: http://www.mmm2010.info/
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=397
Chamado à solidariedade com as organizações de mulheres do Haiti
Faltando pouco mais de 10 dias para a nossa 3ª Ação Internacional, estamos certas de que nossa marcha de Campinas e São Paulo, do dia 8 ao 18 de março, também servirá para denunciar o processo de militarização da ajuda humanitária e para exigir que a reconstrução do Haiti não esteja a serviço do imperialismo, servindo apenas aos interesses econômicos e políticos dos países ricos. Marchamos pela autodeterminação dos povos e pela autonomia das mulheres.
Além disso, afirmamos que toda ajuda é necessária para a reconstrução do país e nos comprometemos a contribuir para fortalecer política e estruturalmente as organizações de mulheres do Haiti, em especial aquelas que são vinculadas à Marcha Mundial das Mulheres. Por isso, definimos que cada mulher que estará em marcha de 8 a 18 de março deve contribuir com R$ 10,00 (dez reais). O dinheiro será recolhido durante todos os dias da marcha e, em especial no ato do dia 13 de março, em Várzea Paulista. As companheiras que não puderem contribuir com essa quantia, poderão doar o que for possível; aquelas que contribuírem com um valor maior, vão ajudar para que a arrecadação atinja o total estimado. Caberá a cada coordenadora de delegação recolher o dinheiro das militantes de seu estado. Estamos pensando também em ter um espaço para que as mulheres possam expressar gestos e mensagens de solidariedade ao povo haitiano.
Marcharemos por Magalie Marcellin, por Myriam Merlet, por Anne-Marie Coriolan, marcharemos por todas as mulheres haitianas!
Haiti livre e soberano para que todas as mulheres sejam autônomas!
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=401
Faltando pouco mais de 10 dias para a nossa 3ª Ação Internacional, estamos certas de que nossa marcha de Campinas e São Paulo, do dia 8 ao 18 de março, também servirá para denunciar o processo de militarização da ajuda humanitária e para exigir que a reconstrução do Haiti não esteja a serviço do imperialismo, servindo apenas aos interesses econômicos e políticos dos países ricos. Marchamos pela autodeterminação dos povos e pela autonomia das mulheres.
Além disso, afirmamos que toda ajuda é necessária para a reconstrução do país e nos comprometemos a contribuir para fortalecer política e estruturalmente as organizações de mulheres do Haiti, em especial aquelas que são vinculadas à Marcha Mundial das Mulheres. Por isso, definimos que cada mulher que estará em marcha de 8 a 18 de março deve contribuir com R$ 10,00 (dez reais). O dinheiro será recolhido durante todos os dias da marcha e, em especial no ato do dia 13 de março, em Várzea Paulista. As companheiras que não puderem contribuir com essa quantia, poderão doar o que for possível; aquelas que contribuírem com um valor maior, vão ajudar para que a arrecadação atinja o total estimado. Caberá a cada coordenadora de delegação recolher o dinheiro das militantes de seu estado. Estamos pensando também em ter um espaço para que as mulheres possam expressar gestos e mensagens de solidariedade ao povo haitiano.
Marcharemos por Magalie Marcellin, por Myriam Merlet, por Anne-Marie Coriolan, marcharemos por todas as mulheres haitianas!
Haiti livre e soberano para que todas as mulheres sejam autônomas!
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=401
Espanha legaliza o aborto inclusive para adolescentes
O Senado da Espanha aprovou ontem em definitivo lei que libera o aborto até a 14ª semana de gestação e permite a adolescentes entre 16 e 18 anos interromper a gravidez mesmo sem o consentimento de seus pais.
A chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, que já havia sido ratificada pela Câmara dos Deputados em dezembro, teve 132 votos favoráveis, 126 contrários e uma abstenção e entrará em vigor quatro meses depois da sua publicação no diário oficial, o que deve ocorrer na próxima semana.
A aprovação da medida dá sequência à agenda liberal patrocinada pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero, que, contrariando setores conservadores e a Igreja Católica, desde 2004 já aprovou o casamento entre homossexuais e afrouxou regras para divórcio.
Pelo texto impulsionado por governistas, a interrupção da gravidez é livre até a 14ª semana gestação e, até a 22ª, condicionada ao risco à vida ou à saúde da gestante -segundo médico que não realizará a intervenção- ou malformação no feto -certificada por dois médicos.
Após esse período, a interrupção da gravidez só poderá ser realizada diante de anomalia fetal "incompatível com a vida" ou quando o feto sofrer de doença grave e incurável, segundo um painel de médicos.
Adolescentes dos 16 aos 18 anos poderão interromper a gestação após comunicar a intenção a ao menos um dos pais ou responsáveis, mas não precisarão de sua autorização. A exigência, no entanto, deverá ser desconsiderada nos casos em que se julgar que pode resultar em ameaça de violência, perigo ou coerção à grávida.
A nova lei substitui a atual legislação, de 1985, que à época da sua aprovação já fora considerada relativamente liberal em uma sociedade de tradição fortemente católica como a da Espanha, por descriminalizar a interrupção de gravidez em casos de estupro, grave malformação do feto e dano à saúde física e psicológica da gestante.
Segundo dados do governo espanhol, cerca de 116 mil mulheres praticaram o aborto no ano passado no país -de 45 milhões de habitantes-, aumento de 3,27% sobre 2008. Destas, estima-se que mais de 10 mil tivessem até 18 anos de idade.
Repercussão
A aprovação da lei do aborto foi acompanhada nas galerias do plenário por grupos de defesa dos direitos das mulheres, que aplaudiam as intervenções em favor da nova legislação.
Do lado de fora do Parlamento, no entanto, protestos eram ouvidos de grupos antiaborto, que, na semana passada, apresentaram mais de 1 milhão de assinaturas contra a lei.
Acompanhada dos ministros da Igualdade, da Justiça e da Habitação, a senadora socialista Leire Pajín disse que a proposta aprovada era "madura", elaborada após dois anos de "reflexão e pontos de encontro" e "põe fim à dívida pendente" do país com as mulheres.
"As mulheres que não concordarem com a lei não precisam usá-la, mas não podemos impedir as que quiserem", afirmou, segundo o "El País".
Já a porta-voz do opositor Partido Popular no Senado, Carmen Dueñas, acusou o governo de "impor o aborto livre" contra a vontade da sociedade e tentar "acabar com um dos pilares da Espanha: a família".
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=400
O Senado da Espanha aprovou ontem em definitivo lei que libera o aborto até a 14ª semana de gestação e permite a adolescentes entre 16 e 18 anos interromper a gravidez mesmo sem o consentimento de seus pais.
A chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva e da Interrupção Voluntária da Gravidez, que já havia sido ratificada pela Câmara dos Deputados em dezembro, teve 132 votos favoráveis, 126 contrários e uma abstenção e entrará em vigor quatro meses depois da sua publicação no diário oficial, o que deve ocorrer na próxima semana.
A aprovação da medida dá sequência à agenda liberal patrocinada pelo governo socialista de José Luis Rodríguez Zapatero, que, contrariando setores conservadores e a Igreja Católica, desde 2004 já aprovou o casamento entre homossexuais e afrouxou regras para divórcio.
Pelo texto impulsionado por governistas, a interrupção da gravidez é livre até a 14ª semana gestação e, até a 22ª, condicionada ao risco à vida ou à saúde da gestante -segundo médico que não realizará a intervenção- ou malformação no feto -certificada por dois médicos.
Após esse período, a interrupção da gravidez só poderá ser realizada diante de anomalia fetal "incompatível com a vida" ou quando o feto sofrer de doença grave e incurável, segundo um painel de médicos.
Adolescentes dos 16 aos 18 anos poderão interromper a gestação após comunicar a intenção a ao menos um dos pais ou responsáveis, mas não precisarão de sua autorização. A exigência, no entanto, deverá ser desconsiderada nos casos em que se julgar que pode resultar em ameaça de violência, perigo ou coerção à grávida.
A nova lei substitui a atual legislação, de 1985, que à época da sua aprovação já fora considerada relativamente liberal em uma sociedade de tradição fortemente católica como a da Espanha, por descriminalizar a interrupção de gravidez em casos de estupro, grave malformação do feto e dano à saúde física e psicológica da gestante.
Segundo dados do governo espanhol, cerca de 116 mil mulheres praticaram o aborto no ano passado no país -de 45 milhões de habitantes-, aumento de 3,27% sobre 2008. Destas, estima-se que mais de 10 mil tivessem até 18 anos de idade.
Repercussão
A aprovação da lei do aborto foi acompanhada nas galerias do plenário por grupos de defesa dos direitos das mulheres, que aplaudiam as intervenções em favor da nova legislação.
Do lado de fora do Parlamento, no entanto, protestos eram ouvidos de grupos antiaborto, que, na semana passada, apresentaram mais de 1 milhão de assinaturas contra a lei.
Acompanhada dos ministros da Igualdade, da Justiça e da Habitação, a senadora socialista Leire Pajín disse que a proposta aprovada era "madura", elaborada após dois anos de "reflexão e pontos de encontro" e "põe fim à dívida pendente" do país com as mulheres.
"As mulheres que não concordarem com a lei não precisam usá-la, mas não podemos impedir as que quiserem", afirmou, segundo o "El País".
Já a porta-voz do opositor Partido Popular no Senado, Carmen Dueñas, acusou o governo de "impor o aborto livre" contra a vontade da sociedade e tentar "acabar com um dos pilares da Espanha: a família".
Fonte: http://www.sof.org.br/marcha/?pagina=inicio&idNoticia=400
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Caminhada na orla de Maceió marca comemorações do Dia Internacional da Mulher
O Dia Internacional da Mulher, neste domingo (8), foi comemorado em Alagoas com uma caminhada na orla de Maceió, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Mulher, em parceria com Câmara de Vereadores de Maceió, demais secretarias de Estado e municipais, vice-prefeitura, prefeituras, associações, ONGs e sociedade civil.
Milhares de pessoas participaram do evento, que teve início às 10h, no corredor Cultural Vera Arruda, e seguiu pela orla marítima até o Alagoas Iate Clube, onde foi encerrada com o show ‘Mulheres Cantam Bossa Nova’. Para a secretária Wedna Miranda, a caminhada teve como foco o combate à mortalidade infantil, ao sub-registro e ao analfabetismo, além de esclarecer a população sobre a necessidade de acabar com a violência contra a mulher.
Os presentes carregaram cruzes que simbolizaram o número de mulheres que foram assassinadas em Alagoas, nos anos de 2006, 2007 e 2008. “Está muito claro que é um dia de falar em vitórias, de avanços e da grande revolução do século passado, que foi o século das mulheres. Mas queremos falar principalmente da violência contra a mulher, da mortalidade infantil, da mortalidade materna, do sub-registro, do analfabetismo e do desemprego. Hoje é dia de luta, de comemoração, mas a gente tem a clareza que ainda temos muito caminho a percorrer”, completou Wedna.
A caminhada também teve o objetivo de contribuir com a mudança de pensamento das mulheres que sofrem violência e não tem coragem de denunciar. “É um momento de reflexão, acima de tudo, que acaba contribuindo com essa mudança de pensamento ao ver a mobilização de outras mulheres no combate à violência. Com apoio e autonomia, temos feito um trabalho com as mulheres da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do Movimento Mulheres Camponesas (MMC) e as da área urbana também. O governador Teotonio Vilela tem deixado claro o compromisso com a política para a mulher”, ressaltou a secretária.
Todos os anos, a dona-de-casa Cleide Santana participa da caminhada no Dia Internacional da Mulher. Ela, que mora no bairro do Clima Bom II, disse que é preciso essa união de forças para que haja mais justiça no combate à violência. “Essa mobilização é muito importante porque mostra que não estamos paradas diante de tanta violência contra nós mulheres. Venho todos os anos dar força nessa luta, porque somos guerreiras, fortes e não desistimos jamais”, salientou a dona-de-casa.
Para a vereadora Heloísa Helena, o 8 de março é sempre um dia de reflexão, onde são analisados os gravíssimos problemas vivenciados no cotidiano, tanto de Alagoas como do Brasil. “É um momento de analisarmos as políticas sociais, públicas e econômicas, esta última que é excludente e acaba jogando milhares de mulheres, crianças e jovens no narcotráfico e na marginalidade. É também momento de comemorarmos as vitórias e refletirmos as dores de muitas mulheres que, infelizmente, vivenciam experiências de humilhação. Mas sempre digo a quem quer, e a quem não quer ouvir que ‘Viva a maravilhosa experiência de ser mulher’”, afirmou.
Reafirmando a luta das mulheres, a secretária de Assistência Social Solange Jurena, enfatizou que as mulheres devem deixar sempre claro que mulher não nasceu para sofrer nem para apanhar. “Precisamos comemorar a conquista de direitos, que não foram poucos no século XX e início do XXI, com a Lei Maria da Penha, mas precisamos refletir sobre os indicadores da violência contra a mulher, que ainda hoje é alarmante”, destacou.
De acordo com a secretária, a cada quatro mulheres brasileiras, uma sofre violência. “Há uma enorme quantidade de casos de pedofilia contra nossas crianças. Não podemos aceitar esses indicadores, então nossa luta continua. Parabéns a todas as mulheres alagoanas”, parabenizou Solange Jurema. Muitos homens se fizeram presente à caminhada. Entre eles, o deputado estadual Judson Cabral, onde afirmou que há de se convir que os homens hoje já percebem que a questão da mulher não se limita a data e comemorações. “É muito mais do que isso. Hoje em Alagoas temos bons exemplos da conquista feminina em áreas da política, social, em cargos públicos e de lideranças”, descreveu o parlamentar.
Judson enfatizou que o Dia da Mulher é todo dia, ocupando seu espaço, com igualdade de salário, e todo respeito que devemos dar ao próximo. Assim como os homens, as mulheres têm capacidade de se organizar, e promover a justiça social. “Parabenizo a Secretaria da Mulher pela iniciativa, junto com outras entidades”, finalizou o deputado. Ainda dentro da programação, na próxima quarta-feira (11), as detentas do Presídio Feminino Santa Luzia receberão um dia de cidadania, com a retirada de documentos.
Promotores de Justiça do Ministério Público, defensores públicos e advogados do Tribunal de Justiça irão, durante todo o dia, revisar os processos das presas. A Secretaria de Estado da Saúde será parceira do projeto, realizando exames preventivos e serão proferidas palestras sobre violência, Lei Maria da Penha, entre outros temas de interesse. A programação do presídio também será encerrada com o show de Bossa Nova.
Como acontecem todos os anos, o governo do Estado vai prestar uma homenagem às mulheres com a entrega da Comenda Nise da Silveira. O evento acontecerá dia 13, às 18 h, no Palácio República dos Palmares.
Fonte: Agenciaalagoas
Assinar:
Postagens (Atom)